Mosteiro dos Jerónimos
Construído no início do século XVI, o Mosteiro dos Jerónimos é um dos mais importantes monumentos portugueses.
Com traça original por Diogo de Boytac e, finalmente, por Jerónimo de Ruão, o Mosteiro dos Jerónimos foi mandado construir por D. Manuel I de modo a honrar o Infante D. Henrique e a sua devoção a Nossa Senhora e S. Jerónimo.
O mosteiro sempre foi uma referência cultural para artistas, escritores e viajantes durante os cinco séculos da sua existência, e serve também de túmulo para reis e até poetas.
Hoje, é admirado por todos, não apenas como uma peça de notável arquitectura, mas como parte integrante da cultura e da identidade portuguesa. Foi declarado Monumento Nacional em 1907 e, em 1983, a UNESCO classificou-o como "Património Cultural de toda a Humanidade".
Embora todo o espaço mereça atenção, há alguns pontos que realmente não deve perder, e o Claustro é um deles. Usado principalmente como local de retiro pela comunidade monástica, era um lugar agradável e sereno que convidava à oração, meditação e descanso dos monges da Ordem de S. Jerónimo.
O claustro é um exemplo do traço manuelino e em ornamentos elaborados.
Depois deverá passar pelo Refeitório, construído entre 1517 e 1518 pelo Mestre Leonardo Vaz e seus oficiais. Longo e estreito, o refeitório possui fabulosas abóbadas e grossos cordões de pedra, já o painel na parede norte retrata a história bíblica do Milagre da multiplicação dos pães e dos peixes.
Além disso, o Portal Sul deve merecer uma atenção especial, construído entre 1516 e 1518 por João de Castilho, é o centro visual da fachada do mosteiro de frente para o rio Tejo. Apesar de seus detalhes sumptuosos é apenas uma entrada lateral.
A Casa do Capítulo foi completada apenas no século XIX. Apelidada de Casa do Capítulo ou Sala do Capítulo tem esta denominação por servir às reuniões periódicas dos monges, as quais tinham o seu início com a leitura de um capítulo da Regra. Abriga também o túmulo de Alexandre Herculano.
Finalmente, o Portal Principal, embora menor e menos detalhado do que o Portal Sul do ponto de vista arquitetónico e teológico, é hoje a entrada principal do Mosteiro. Foi projectado por Diogo de Boytac e executado pelo escultor francês Nicolau de Chanterene.